Desde 2016, o governo federal destina parte dos lucros do FGTS às contas dos trabalhadores
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O retorno de cinco anos do Fundo de Compensação do Trabalho (FGTS) é superior à inflação e o de três anos é superior ao da poupança. Desde 2016, o governo federal destina parte dos lucros do FGTS às contas dos trabalhadores.
O fundo de garantia é conhecido por seu baixo rendimento e há muitos anos abaixo da inflação, o que faz com que o dinheiro dos trabalhadores perca poder de compra no fundo.
Em 2016, a diretoria do FGTS e a Caixa Econômica Federal, responsável pelo fundo, decidiram distribuir parte dos lucros do fundo a todos os cotistas, e esses lucros iriam para as contas dos investidores todos os anos.
A partir de 2018, o retorno dos fundos garantidores também é maior em relação à poupança, e a poupança ainda é o principal destino de investimento dos brasileiros. Em 2020, a rentabilidade do FGTS é ainda maior que a do CDI, que é a taxa de juros do sistema bancário que acompanha a taxa básica de juros da economia.
Conta ativa FGTS
A Caixa informou nesta terça-feira (17) que vai destinar mais R $ 8,1 bilhões para mais de 190 milhões de contas atualmente cadastradas no FGT S, e deixou claro que vai utilizar esses recursos até dezembro de 2020.
Serão beneficiados 88,6 milhões de trabalhadores, e o maior número de contas se deve ao fato de cada trabalhador poder ter mais de uma conta ativa no FGTS. A taxa básica de retorno do fundo garantido é de 3% ao ano, mas será aumentada para 4,9% para corrigir a inflação.
A repartição dos lucros do FGTS com os trabalhadores foi o primeiro mecanismo de distribuição aos trabalhadores durante o governo de Michel Temer em 2017, e continuou a ser implementado durante o governo Bolsonaro.
Os depósitos do FGTS são uma obrigação da empresa e devem ser equivalentes a 8% do salário correspondente de seus funcionários. A Caixa informa que, ao final de 2020, o valor dessas contas é de 436,2 bilhões de reais.
