Contas do governo registraram déficit recorde de 743,087 bilhões de reais .
Os dados são da Secretaria do Tesouro Nacional e foram divulgados nesta quinta-feira .
O resultado mostra que a despesa pública excedeu as receitas fiscais e aduaneiras.
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O déficit é 666,5% superior ao registrado em 2019, de 95,065 bilhões de reais e representa 10% do produto interno bruto estimado.
O resultado não leva em conta gasto com pagamento de juros da dívida pública e ficou abaixo da estimativa do governo de 831,8 bilhões.
Contas estão no Vermelho.
O Ministro Nacional das Finanças, Bruno Funchal, explicou que a diferença entre o valor estimado e o total está relacionada com despesas antecipadas e não incorridas, como créditos e subsídios extraordinários. Os resultados negativos em 2020 estão relacionados à pandemia Covid-19.
Segundo dados do Ministério da Fazenda, os principais custos da pandemia somaram 539,6 bilhões de reais. Além disso, por exemplo, a receita do governo federal diminuiu devido à crise econômica e atrasos fiscais. De acordo com o US Internal Revenue Service (IRS), até 2020, a queda chegará a 6,1%.
Funchal (Funchal) disse que parte do défice se deveu a reduções de receitas e a maior parte a ações tomadas em resposta à pandemia.
No ano passado, o déficit previdenciário também prejudicou a liquidação de contas. O número negativo chegou a 269,8 bilhões de reais, um aumento de 18,7% em relação ao número negativo de 227,3 bilhões de reais em 2019. O déficit total do Ministério da Fazenda e do Banco Central é de 501,7 bilhões de reais.
Em 2019, o superávit dessas instituições foi de 126,7 bilhões de reais. A reversão também está relacionada à pandemia.
Em comparação com 2019, as despesas do ano passado realmente aumentaram 31,1%, ou seja, as despesas aumentaram 477,6 bilhões de reais. Os gastos com a pandemia Covid-19 somaram 539,6 bilhões de reais.
No ano passado, quase atingiu o teto de gastos, dos quais os gastos do governo representaram 96,4% do valor autorizado.
O teto para 2020 é de 1,454 trilhão de reais. Este número não leva em consideração os gastos da pandemia, que estão incluídos no orçamento paralelo, chamado de “orçamento de guerra”.
