Da situação atual, uma conclusão pode ser tirada: é hora de fugir do mercado de ações e correr para a renda fixa. direito? Incorreta!
Postado por Gabriel Dow em 27 de janeiro de 2022 09:29
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Eleições, novas cepas de Covid-19, inflação e alta da Selic. Os primeiros dias de queda do Ibovespa deram o tom para 2022, que deve ser marcado por alta volatilidade. A situação é pessimista.
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Essas questões são bem conhecidas, e na medida em que estão sendo antecipadas pelo mercado, como se a corrida eleitoral estivesse acontecendo agora, não em outubro. Da situação atual, uma conclusão pode ser tirada: é hora de fugir do mercado de ações e correr para a renda fixa. direito? Incorreta!
Esta afirmação é falsa por várias razões. A primeira é fácil de observar. Mesmo em ascensão, a remuneração de renda fixa é inferior ao que pode ser obtido com os rendimentos.
A Selic está atualmente em 9,25%, e na verdade esse patamar é mais uma correção do impacto da inflação do que da rentabilidade porque, na realidade, nessas taxas atuais, os ganhos reais são praticamente inexistentes.
Um investidor que busca segurança devido a taxas de juros mais altas está simplesmente protegendo seu capital do agravamento da inflação.
O segundo ponto é que a diversificação deve fazer parte do mantra de qualquer investidor. É importante olhar para a renda variável com bons olhos, porque de repente é essa parte da carteira que trará bons resultados no médio e longo prazo.
Essa lição ficou clara nos últimos anos, quando os brasileiros enfrentaram quedas vertiginosas nas taxas de juros e foram forçados a se concentrar cada vez mais em outras opções de mercado. Manter um portfólio de longo prazo significa olhar para indústrias integradas, como grandes bancos e siderurgia.
No entanto, independentemente da situação delineada, é preciso lembrar que a beleza do mercado de ações está na possibilidade de ajustar a estratégia para lucrar em qualquer situação. Na verdade, seja day trading ou swing trading, a volatilidade é a melhor opção para traders de curto prazo.
Em um ambiente pessimista, como o atual, o curto é possível. Quando a tendência é de baixa, você pode aproveitar a onda vendendo alguns títulos. É claro que essa estratégia apresenta maior risco e, portanto, exige cuidado e conhecimento do investidor.
Ao mesmo tempo, a volatilidade apresenta a possibilidade de ganhos de curto prazo, como a compra de ações de empresas líquidas quando os mercados estão em forte queda, como aconteceu com a Petrobras em 5 de janeiro. As ações preferenciais da empresa (PETR4) caíram 3,87% no dia e abriram em alta na manhã seguinte.
Em meio ao pânico do mercado, os traders devem ter sangue frio para se posicionar, o que pode ser feito vendendo a descoberto em uma queda e zerando no final do dia. Outra maneira é comprar ações no vale e vender na recuperação no dia seguinte ou dias depois.
Ficar longe da renda variável perde oportunidades de ganhos de curto ou longo prazo. A volatilidade do mercado de ações em um ambiente negativo que causa tal volatilidade pode ser assustadora, e é necessário saber lidar com o risco para evitar desgastes ou perdas.
Nesse sentido, pesquisar o mercado para conhecer novas estratégias, acompanhar as notícias e entender os movimentos do mercado de ações são passos importantes para garantir que seu portfólio esteja protegido, diversificado e não seja pego de surpresa por uma forte queda do mercado.
