A empresa cobra duas vezes mais pelos cartões pré-pagos do que pelas taxas pagas pelos cartões de débito. A Getnet leva o caso ao tribunal.
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A empresa de aquisição, conhecida como Machine Company, está lutando contra Nubank e MasterCard. O Getnet do Santander foi a primeira pessoa a ir ao tribunal, acusando o Nubank de inflar sua receita ao contornar as restrições do banco central sobre as taxas cobradas por transações de débito. BC especifica um limite de 0,5%, que pode chegar a 0,8% neste tipo de operação. No entanto, a Nubank oferece aos seus clientes um cartão pré-pago que pode ser usado como cartão de débito no pagamento de contas em lojas, mercados ou padarias, com uma taxa de 1,2% para cada transação.
Na ação, a Getnet alegou que o lucro da loja foi negativo, com prejuízo estimado em 62 milhões de reais. A Getnet afirma que o próprio Nubank notificou seus clientes pré-pagos de que o cartão pode ser usado para transações de débito. Nubank afirma que segue todas as regras do banco central, que só permite fintech.
Em resposta à acusação, Nubank anunciou que cumpria todas as regras do BC. Segundo a empresa fintech, ele só pode operar com cartões pré-pagos.
MasterCard
Na mesma ação, a adquirente do Santander também acusou a MasterCard de “abusar do poder econômico”. Isso ocorre porque mais da metade dos negócios da Getnet são conduzidos sob a marca MasterCard. No entanto, a empresa não permite que a máquina pare de aceitar cartões Nubank. Isso levou a Getnet a solicitar uma revisão das alegações, alegando que as alegações estavam incorretas.
Os executivos de outras empresas de máquinas disseram que, na prática, a Nubank não cobra de fato dos clientes que usam o cartão e, com a ajuda da MasterCard, as empresas de fintech estão cobrando dos lojistas o dobro para permitir que o uso do cartão pré-pago exagere sua receita. cartão. Ou seja, mesmo que a conta tenha dinheiro, as transações do cliente não serão realizadas através do cartão de débito.
Pelas contas dessas empresas, o Nubank ganhará com isso 400 milhões de reais. Stone, Cielo e Redecard têm o mesmo problema e já agiram. Recentemente, o Banco Central também realizou consulta pública sobre alteração da taxa de câmbio para cartões pré-pagos, e o volume de transações recentes foi de aproximadamente 8 bilhões de reais.
O que Nubank disse
Nubank emitiu uma nota explicando os problemas com cartões pré-pagos e de débito, que pode ser lida abaixo:
“O banco central lançou recentemente um debate técnico sobre os cartões pré-pagos. Lamentamos que o adquirente (o operador da máquina) tenha tentado influenciar a discussão por meio de ameaças legais e falsas acusações na imprensa – todas para aumentar seus próprios lucros (E o lucros do grupo económico a que pertence) e procurar reduzir a concorrência no sector financeiro, independentemente dos interesses dos consumidores.
Esclarecemos que instituições de pagamento só podem oferecer contas de pagamentos, com cartões pré-pagos. Porém, os bancos oferecem, com exclusividade, o cartão de débito de conta corrente, além dos cartões pré-pagos. As fintechs têm tido um papel importante na promoção da inclusão financeira através da expansão do cartão pré-pago. Esse modelo segue rigorosamente todas as regulações em vigor e foi o instrumento para a inclusão de cinco milhões de pessoas aos serviços bancários, com uma economia de ao menos R$ 30 bilhões em tarifas para os clientes em oito anos.”
